A atriz Dorinha Durval, a Cuca, acusada de matar o marido (Joel Maia/VEJA)

Dorinha Duval morre aos 96 anos: relembre a trajetória da primeira Cuca do Sítio do Picapau Amarelo

A atriz Dorinha Duval, eternizada como a primeira intérprete da icônica vilã Cuca no programa Sítio do Picapau Amarelo, morreu aos 96 anos, no Rio de Janeiro. A notícia do falecimento foi confirmada nesta quarta-feira (21) por familiares e amigos próximos. Dorinha marcou gerações com sua interpretação assustadora e lúdica no seriado infantil exibido pela TV Globo na década de 1970.

Além de sua marcante passagem pelo programa infantil, a artista também ficou conhecida por um episódio trágico: a condenação por assassinato de seu ex-marido, um caso que repercutiu nacionalmente e marcou para sempre sua vida pessoal e profissional.

O legado de Dorinha Duval na televisão brasileira

Dorinha Duval nasceu como Dorah Teixeira em 1928 e iniciou sua carreira artística como bailarina e vedete. Ao longo dos anos 1960 e 1970, consolidou-se como atriz, participando de diversas novelas e programas de televisão, destacando-se principalmente na série Sítio do Picapau Amarelo.

No papel da Cuca, Dorinha deu vida a uma das vilãs mais icônicas da cultura brasileira. Sua atuação com maquiagem marcante, voz assustadora e figurino extravagante transformou a personagem em um símbolo do folclore televisivo.

“Foi um papel que me desafiou e me deu muito orgulho”, afirmou a atriz em entrevistas passadas. Mesmo após sair do programa, sua imagem permaneceu associada à personagem, sendo lembrada com carinho por diversas gerações.

A condenação por assassinato que marcou sua trajetória

Apesar do sucesso na carreira, a vida pessoal de Dorinha Duval foi marcada por um episódio dramático. Em 1980, a atriz foi condenada a seis anos de prisão pela morte de seu então ex-marido, Paulo Sérgio Garcia Alcântara. O crime aconteceu após uma série de episódios de violência doméstica, segundo relatos da própria atriz em entrevistas posteriores.

De acordo com reportagem da Veja, Dorinha alegou legítima defesa, afirmando que sofria agressões constantes. A condenação causou grande comoção pública e afetou significativamente sua carreira artística.

Em entrevistas concedidas anos depois, a atriz revelou ter enfrentado um longo processo de superação e luta pela dignidade após o episódio. “Paguei pelo que fiz, mas nunca deixei de ser quem sou: uma mulher que lutou pela própria vida”, declarou.

A despedida de uma artista marcante

Dorinha Duval faleceu de causas naturais, segundo informações da Globo. O velório será restrito a familiares e amigos íntimos, em uma cerimônia discreta realizada no Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, fãs, colegas de profissão e personalidades do meio artístico lamentaram a morte da atriz. A emissora TV Globo também prestou homenagem, destacando sua contribuição histórica para a teledramaturgia brasileira.

“Dorinha Duval será sempre lembrada pela sua entrega aos papéis e pela marca indelével que deixou no imaginário infantil brasileiro”, publicou a emissora.

O impacto de Dorinha Duval na cultura brasileira

Mesmo com uma trajetória marcada por altos e baixos, Dorinha Duval permanece como uma figura essencial para compreender a história da televisão no Brasil. Sua interpretação da Cuca é referência obrigatória quando se fala do Sítio do Picapau Amarelo e do papel da mulher na cultura popular.

Além disso, sua história pessoal suscitou reflexões importantes sobre violência doméstica, justiça e os desafios enfrentados por mulheres em situações de abuso.

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Conclusão

A morte de Dorinha Duval encerra o ciclo de uma artista talentosa, corajosa e complexa, cuja trajetória foi marcada por grandes sucessos e momentos difíceis. Seu legado segue vivo nas memórias afetivas de quem acompanhou o Sítio do Picapau Amarelo e reconhece na figura da Cuca um ícone da infância brasileira.

Que sua história continue a inspirar debates sobre arte, justiça e superação.

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