Para milhões de fãs ao redor do mundo, a voz de Chester Bennington era a alma do Linkin Park. Sua partida em 2017 deixou um vazio imensurável, não apenas nos corações dos admiradores, mas também no palco. A banda, agora com a nova vocalista Emily Armstrong, enfrenta o delicado desafio de honrar o legado de Chester enquanto trilha um novo caminho. Em meio a essa jornada, uma decisão simbólica e dolorosa foi tomada: uma das canções mais emblemáticas do grupo não será mais tocada ao vivo.
Qual a música do Linkin Park que ficou no passado?
A canção em questão é “One Step Closer”, o single de estreia explosivo do álbum Hybrid Theory (2000). A revelação veio diretamente de Mike Shinoda, que explicou a lógica por trás da aposentadoria da faixa dos setlists. Conforme detalhado em diversas entrevistas, a performance da canção é intrinsecamente ligada à energia e, principalmente, ao grito icônico de Chester Bennington no final da música. Tentar replicar esse momento seria não apenas tecnicamente difícil, mas emocionalmente insustentável.
‘One Step Closer’: Mais que um Hit, um Símbolo
Lançada há mais de duas décadas, “One Step Closer” foi a porta de entrada para o som inovador que o Linkin Park apresentou ao mundo. A faixa encapsula a fusão de nu-metal, rap e elementos eletrônicos que definiu uma geração. O clímax da canção, com o poderoso grito “Shut up when I’m talking to you!”, tornou-se um dos momentos mais aguardados e catárticos dos shows. Shinoda afirmou que, mesmo com o talento de Emily Armstrong, a banda concorda que certas músicas são intocáveis, pois pertencem à memória de Chester. A decisão de não tocar mais essa música do Linkin Park é, portanto, um ato de profundo respeito.
O Legado de Chester e o Futuro Musical do Linkin Park
A ausência de uma canção tão importante levanta questões sobre como a banda equilibrará o antigo e o novo. O álbum From Zero, lançado em 2024, marca o início de uma nova era. A banda tem sido transparente sobre a intenção de celebrar o passado sem tentar substituí-lo. A escolha de aposentar “One Step Closer” serve como um testamento a essa filosofia. É um reconhecimento de que algumas performances eram únicas e irrepetíveis, uma simbiose perfeita entre o artista e sua arte.
Fãs ao redor do mundo, embora tristes com a notícia, demonstraram grande apoio à decisão. Muitos entendem que é uma forma de preservar a santidade da contribuição de Chester. Como apontado por publicações como a Rolling Stone, a banda está navegando em águas delicadas, e cada passo é cuidadosamente calculado para honrar quem veio antes e, ao mesmo tempo, permitir que a música evolua.
Uma Decisão que Honra a Memória e a Música
No final, a aposentadoria de “One Step Closer” dos palcos é menos sobre uma perda e mais sobre uma homenagem. É a banda dizendo ao mundo que o legado de Chester Bennington não é algo a ser imitado, mas a ser reverenciado. Enquanto os fãs não ouvirão mais aquele grito ao vivo, ele ecoará para sempre nas gravações originais e na memória coletiva de uma geração que foi profundamente tocada pela paixão e pela dor na voz de Chester. A música do Linkin Park continua, transformada, mas com suas raízes firmemente plantadas no solo fértil que Chester ajudou a cultivar. É um lembrete poderoso de que, na arte, algumas coisas são eternas e sagradas.